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Recuperação de desastres baseada em Backup & Restore com AWS: estratégia, arquitetura e benefícios

  • design58154
  • 11 de abr.
  • 3 min de leitura

Em um cenário onde a alta disponibilidade e a resiliência operacional são requisitos estratégicos, garantir a continuidade dos sistemas críticos diante de falhas catastróficas é essencial. A crescente dependência de plataformas em nuvem exige planos robustos de Recuperação de Desastres (Disaster Recovery - DR) capazes de proteger dados e restaurar serviços com eficiência.

Este artigo explora uma abordagem prática e técnica de DR baseada em Backup & Restore, utilizando os recursos nativos da AWS para orquestrar a recuperação entre regiões geográficas distintas. A solução foi desenhada para operar na região primária de São Paulo (sa-east-1), com recuperação completa prevista para a região de Virgínia (us-east-1).


Desafios e necessidades

Antes da implementação, os sistemas enfrentavam riscos significativos de indisponibilidade prolongada e perda de dados em caso de falhas regionais. Os desafios incluíam:

  • Ausência de uma infraestrutura de DR ativa e testada.

  • Backup armazenado apenas na mesma região primária.

  • Alto tempo de recuperação manual, sem automação de provisionamento.

  • Risco de perda de dados sem controle claro do Recovery Point Objective (RPO).

Dada a criticidade dos sistemas — especialmente bancos de dados e aplicações corporativas — uma nova abordagem se mostrou necessária: replicar os dados e orquestrar a recuperação completa em uma segunda região da AWS, com processos automatizados e mensuráveis.

Solução implementada

A solução adotada é baseada em Backup & Restore, uma estratégia que prioriza a integridade dos dados e a recuperação escalável, com um custo otimizado em comparação com abordagens mais complexas como warm standby ou multi-site active-active.

Principais tecnologias utilizadas:

  • Amazon EC2 e Amazon RDS para provisionamento de instâncias sob demanda.

  • Amazon S3 como repositório seguro de backups diários e mensais.

  • AWS CloudFormation para automação da infraestrutura em caso de failover.

  • AWS Route 53 para redirecionamento rápido de tráfego DNS.

  • AWS Database Migration Service (DMS) para sincronização de dados no processo de failback.


Arquitetura e funcionamento



Fluxo geral da solução

Região Primária (sa-east-1):

  • Sistemas operam normalmente, com backups regulares enviados para S3.

  • Monitoramento da saúde da infraestrutura via Amazon CloudWatch.


Backup & Replicação:

  • Backups diários com retenção de 15 dias.

  • Backups mensais com retenção de 6 meses.

  • Armazenamento redundante no Amazon S3 na região us-east-1.


Região DR (us-east-1):

  • Infraestrutura provisionada sob demanda com CloudFormation.

  • Rede (VPC, subnets, SGs), EC2 e RDS são criados apenas no failover.

  • Dados restaurados a partir dos backups mais recentes.


Failover:

  • Ativado manualmente após verificação de falha.

  • Scripts CloudFormation executados para subir todo o ambiente.

  • Route 53 atualizado para redirecionar tráfego.


Failback:

  • Após a normalização da região principal, dados são sincronizados via DMS.

  • Route 53 redirecionado de volta.

  • Ambientes de DR são desativados para economia de recursos.


Resultados obtidos

A adoção dessa estratégia trouxe melhorias significativas:

Indicador

Antes

Depois

RTO (tempo de recuperação)

Indefinido / elevado

Até 3 horas

RPO (perda de dados)

Potencialmente total

Máximo de 6 horas*

Custos de infraestrutura DR

Alto (ambiente ativo)

Otimizado (on-demand)

Tempo de provisionamento DR

Manual e demorado

Automatizado com CloudFormation

Segurança e retenção de dados

Limitada a uma única região

Multi-região, criptografado

* Dependendo da frequência configurada dos backups.



Conclusão e próximos passos

A estratégia de Backup & Restore entre regiões da AWS mostrou-se eficaz, segura e econômica. Ela garante que sistemas críticos possam ser restaurados com confiabilidade, mesmo diante de falhas regionais graves, sem a complexidade e custo de ambientes ativos contínuos.

Próximos passos incluem:

  • Automação da detecção de falhas com alertas no CloudWatch e EventBridge.

  • Integração com ferramentas de observabilidade e scripts de validação automática pós-failover.

  • Adoção de testes automatizados trimestrais para failover e failback, com relatórios de melhoria contínua.



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